
Nos últimos quatro anos, o mercado de suplementos alimentares nas farmácias brasileiras registrou um salto considerável. Segundo dados da consultoria Close-Up International, o faturamento com a venda desses produtos ao consumidor final passou de R$ 187 milhões, no acumulado de 12 meses até janeiro de 2021, para R$ 723 milhões no mesmo período até janeiro de 2025 — um crescimento de quase quatro vezes no período.
Apenas de 2023 para 2024, a receita cresceu 49,4%. No intervalo seguinte, de 2024 para 2025, a alta foi ainda mais expressiva: 66,6%. “Creatina, barrinhas e proteínas vêm puxando esse mercado, representando 93% das vendas nos últimos 12 meses até janeiro, contra 84% quatro anos atrás”, observa Filipe Campos, head de Market Insights & CHC da Close-Up International.
A pandemia de Covid-19 foi um marco na mudança de comportamento do consumidor, impulsionando a busca por produtos voltados à imunidade e ao bem-estar. Esse movimento consolidou o interesse crescente em cuidar da saúde de dentro para fora — uma tendência que se mantém firme, como destaca Maurício Filizola, diretor da Rede de Farmácias Santa Branca e diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos – Sincofarma.
“O consumidor está muito mais atento à própria saúde, e isso se reflete diretamente nas gôndolas. Suplementos deixaram de ser nicho e passaram a ocupar posição estratégica no varejo. É um segmento que continuará em expansão, impulsionado pela valorização da qualidade de vida”, afirma.
A projeção é de continuidade no ritmo de crescimento nos próximos anos, sustentado pelo amadurecimento do mercado e pela ampliação da variedade de produtos disponíveis.