
Para unir a alta funcionalidade dos alimentos considerados saudáveis à praticidade dos chamados alimentos de conveniência (prontos para uso), a mais nova patente da Universidade Federal do Ceará trata de um molho de sabor agridoce feito à base de frutas e hortaliças não convencionais. A ideia é que, mesmo com a utilização de um produto como um molho, algo mais conveniente e rápido, costumeiramente usado como acompanhamento para outros alimentos, haja um acréscimo de nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.
O invento pertence ao Departamento de Engenharia de Alimentos (DEAL) da UFC e já conta com uma empresa do setor interessada no licenciamento do produto, segundo adianta a Profª Maria do Carmo Passos Rodrigues, que assina a carta patente como uma das inventoras.
A invenção foca na utilização da polpa de frutas junto às chamadas hortaliças não convencionais, classificadas assim por terem distribuição limitada, restrita a determinadas localidades ou regiões. Diferentemente de hortaliças convencionais (como batata, tomate, repolho etc.), as não convencionais não estão organizadas em cadeia produtiva comercial e, por isso, são desconhecidas e ignoradas pela maior parte da população.
Além de funcionar como alternativa para inclusão na alimentação dos nutrientes presentes em frutas e hortaliças, o molho desenvolvido na UFC traz outras vantagens. “Na formulação do molho, não é adicionado sal (cloreto de sódio) nem conservante. A ausência do sal colabora para a redução de sódio no produto. Já a não adição de conservante segue a tendência dos alimentos clean label, na qual um dos propósitos é a formulação de alimentos com menos ingredientes, dando preferência aos naturais”, acrescenta a Profª Tatiana de Oliveira Lemos, também uma das inventoras. Ela é docente da UFMA, mas desenvolveu a pesquisa que resultou no invento durante pós-doutorado na UFC.