Estudos recentes mostraram que é possível fazer análises do sangue confiáveis para detectar a demência. Um projeto no valor de 5 milhões de libras foi lançado por cientistas do Reino Unido no ano passado visando permitir que as pessoas sejam diagnosticadas em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial, que já se encontra no mercado, que pode ser tão bom, ou mesmo superar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.
Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, disse que os resultados têm implicações relevantes, uma vez que a investigação demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo nos pacientes de Alzheimer.
“Para receber (os novos medicamentos), é preciso provar que se tem amiloide no cérebro”, afirmou. “É simplesmente impossível fazer punções lombares e exames cerebrais a todas as pessoas que precisariam de fazê-los em todo o mundo. É por isso que a análise do sangue tem um enorme potencial.”
