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Paralisação e vandalismo já causam R$ 18 milhões em prejuízos à construção civil, aponta Sinduscon Ceará

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon Ceará) alerta para os prejuízos crescentes provocados pela paralisação deflagrada pelo sindicato laboral. De acordo com a entidade, os danos ao setor já somam R$ 18 milhões, grande parte resultante de atos de vandalismo que depredaram canteiros de obras e estandes de vendas de empresas associadas.

Atualmente, Fortaleza e Região Metropolitana somam cerca de 180 canteiros de obras ativos. O Sinduscon Ceará estima que até 40% desses canteiros foram impactados pela greve, que segue sem perspectiva de encerramento após o rompimento das negociações por parte do sindicato dos trabalhadores.

Foto: Divulgação

“O principal entrave é o auxílio combustível, que não tem respaldo legal e pode trazer encargos trabalhistas imprevisíveis para as empresas”, explica o vice-presidente da área trabalhista do Sinduscon Ceará, Marcelo Pordeus.

Ele destaca que o setor patronal mantém proposta de reajuste salarial com ganho real, benefícios garantidos em convenção coletiva e participação nos resultados, mas pondera que o auxílio combustível é diferente do vale-transporte — que possui legislação própria, isenções e regras claras.

Por decisão judicial, o sindicato laboral está proibido de se aproximar a menos de 200 metros dos canteiros de obras, bem como de impedir o acesso dos trabalhadores aos locais de trabalho ou incitar atos que resultem em danos materiais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Além dos prejuízos financeiros, o Sinduscon Ceará expressa preocupação com a segurança dos profissionais que desejam seguir trabalhando. Circulam em aplicativos de mensagens áudios intimidatórios, com ameaças contra operários que não aderiram à paralisação.

A última audiência de mediação entre as partes, conduzida pela Justiça do Trabalho, ocorreu no dia 9 de maio, sem avanço. O processo está agora nas mãos do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-7), que deverá julgar o pedido de abusividade da greve apresentado pelo sindicato patronal. Enquanto aguarda a decisão da Justiça, o Sinduscon reitera sua disposição para o diálogo e afirma que busca uma solução célere e equilibrada que preserve os empregos e os direitos dos trabalhadores.

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