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Gaming Disorder: psicóloga alerta sobre o transtorno de jogo na vida de crianças e adolescentes

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O aumento do tempo de tela entre crianças e adolescentes tem gerado preocupação, especialmente no que se refere ao “Transtorno de Jogo” (Gaming Disorder), reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este transtorno se caracteriza por um padrão de comportamento de jogo persistente ou recorrente, que pode levar a prejuízos significativos em áreas da vida como a social, educacional e familiar.

Pais e responsáveis precisam estar atentos a sinais como o aumento progressivo do tempo dedicado aos jogos, negligência de outras atividades e o surgimento de irritabilidade ou ansiedade quando o acesso é restrito. Os impactos na saúde mental dos jovens podem incluir isolamento social, dificuldades escolares, distúrbios do sono, além de ansiedade e depressão.

Foto: Divulgação

Segundo a psicóloga e educadora parental Sarah Rebeca Barreto, os cuidados iniciais envolvem o estabelecimento de limites claros para o uso de telas e a promoção de atividades alternativas.

O objetivo do processo terapêutico vai além do trabalho com o indivíduo, alcançando as relações familiares, pois muitas vezes o uso excessivo do jogo pode estar mascarando outras necessidades emocionais não reconhecidas ou não atendidas.

Assim, um dos propósitos da psicoterapia é ajudar a criança a se reconectar com suas próprias necessidades, refletindo sobre o quanto pode estar negligenciando outras atividades, vínculos e experiências importantes, priorizando quase que exclusivamente o jogo.

“A abordagem terapêutica deve ser multifacetada, considerando não apenas o comportamento de jogo em si, mas também as possíveis causas subjacentes, como ansiedade ou dificuldades sociais. É crucial um trabalho conjunto entre o jovem, a família e os profissionais de saúde”, explica a psicóloga.

Alertar a população sobre o Gaming Disorder é essencial para ajudar a informar pais, escolas e todos aqueles que têm contato direto com crianças e adolescentes. A prevenção passa por conscientizar sobre os riscos do uso excessivo de telas e promover um ambiente familiar que valorize outras formas de lazer e interação social.

Para reverter situações de dependência, a psicóloga Sarah Rebeca sugere algumas dicas: “É importante oferecer alternativas atraentes que não envolvam telas, como esportes, atividades artísticas, leitura e brincadeiras ao ar livre. O diálogo aberto e sem julgamento também é fundamental para que o jovem se sinta à vontade para expressar suas dificuldades e buscar ajuda”.

O acompanhamento profissional é recomendado quando o quadro se agrava, garantindo que o jovem possa retomar o controle de sua vida e desenvolver um relacionamento mais saudável com a tecnologia.

 

 

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