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Fortaleza é a 7ª cidade brasileira com conexões empresariais mais fortes, segundo o IBGE

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Fortaleza é a cidade mais influente do Nordeste quando o assunto é conexões empresariais fortes, segundo a pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o balanço, mais da metade dos municípios cearenses são considerados centros de gestão do território. O estudo traz aspectos sobre a Gestão Empresarial, com enfoque para os municípios com atividades empresariais que atuam de forma articulada a outros municípios.

A capital cearense aparece na sétima posição do ranking nacional de intensidade (no nível 3) das ligações empresariais, com 11.553 ligações. Nesse nível, o terceiro de centralidade, o Município apresenta atuação regional em algumas instituições, combinada com alcance mais restrito nas demais.

Fortaleza também está entre os 10 no ranking nacional dos principais centros de gestão pública, que identifica as redes hierárquicas de gestão de uma série de instituições públicas com unidades descentralizadas, em níveis federal e estadual.

Intensidade empresarial

A intensidade das ligações de cada município é medida pela soma das sedes e filiais das empresas multilocalizadas presentes em sua localidade. Esse indicador calcula o total de interações empresariais de um município, considerando tanto as sedes quanto as filiais, refletindo a força das conexões comerciais entre as cidades. Quanto maior a intensidade, maior a interação de um município com os demais, independentemente da distância geográfica.

Em 2021, a cidade de São Paulo (SP) ocupava o topo da classificação, seguida por Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), que formam a segunda classe dos centros de maior intensidade de relacionamento. Cidades como Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE) fazem parte da terceira classe, enquanto uma maior concentração de municípios menos representativos ocupa a quarta classe, onde a rede urbana é densa, mas com menos destaque empresarial.

Fortaleza é a 7ª cidade brasileira com conexões empresariais mais fortes
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia, Gestão do Território 2024.

Ao comparar os mapas de 2011 e 2021, observa-se que, embora os padrões de centralidade se mantenham consistentes, surgem novas centralidades intermediárias. São elas: Itajaí (SC), Cuiabá (MT), Belém (PA) e Manaus (AM), que cresceram na hierarquia urbana.

Hierarquia Urbana

A hierarquia urbana classifica as cidades brasileiras conforme sua importância econômica, populacional e sua influência sobre os municípios vizinhos. As metrópoles, que concentram maior número de pessoas, empregos e serviços, são as mais influentes e exercem grande poder de atração para atividades empresariais, o que reforça sua centralidade. Em 2021, 38,5% das sedes de empresas multilocalizadas estavam localizadas nas metrópoles.

Por outro lado, os municípios classificados como Centros de Zona, com menor número de sedes de empresas, representam apenas 5,9% do total. Essa concentração em grandes centros reflete a forte relação entre a hierarquia urbana e a quantidade de ligações empresariais.

Fortaleza é a 7ª cidade brasileira com conexões empresariais mais fortes
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2011/2021.

A Região Sudeste continua sendo a mais concentrada em termos de empresas multilocalizadas, mas houve um aumento nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O destaque foi o crescimento da Região Nordeste, que passou de 15,3% em 2011 para 17,0% em 2021.

As empresas multilocalizadas no Brasil têm, predominantemente, setores de comércio (43,8%) e serviços (36,2%), seguidos pela indústria (16,7%) e atividades relacionadas ao agronegócio e extrativismo (3,3%). Em 2021, o número de empresas multilocalizadas foi de 113.068, representando 2,2% do total de empresas no Brasil, um aumento de 32,5% em comparação com 2012.

São Paulo (SP) liderou, em 2021, a quantidade de assalariados externos, com 1.855.722 trabalhadores, um aumento de 17,4% em relação a 2012. Outras cidades como Barueri (SP), Fortaleza (CE) e Curitiba (PR) também registraram crescimento nesse indicador, enquanto cidades como Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) viram uma redução.

Centros de Gestão

Em 2024, São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ) mantiveram-se como os municípios de maior centralidade na gestão do território. As metrópoles continuam sendo os principais centros de gestão pública, enquanto cidades de médio porte, como Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE), também têm se destacado no cenário de gestão territorial.

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