
Camomila, extrato de própolis, erva cidreira, chá de mil folhas – popularmente conhecidas como plantas medicinais, os fitoterápicos têm ganhado ainda mais espaço na ciência. Com capacidade efetiva de controle e prevenção de doenças, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera a prática complementar aos medicamentos tradicionais.
A farmacêutica e professora universitária, Julia Aparecida Lourenço de Souza, explica que os produtos, apesar de derivados naturais, podem acarretar efeitos diversos pela constituição complexa das substâncias químicas presentes nas plantas. “Como são preparados a partir de plantas medicinais que possuem diversos grupos de substâncias químicas em sua constituição, eles podem ter alguns efeitos colaterais adversos como reações alérgicas, dores de cabeça, entre outros”, alerta.
Caso os fitoterápicos sejam utilizados durante períodos prolongados, sem prescrição e acompanhamento médico, podem acarretar a intoxicação do organismo, segundo a especialista. Os públicos de gestantes, lactantes, crianças e pessoas com comorbidades devem evitar o uso desses medicamentos, e se forem utilizados, que seja com orientação e supervisão médica.
Atualmente, há cerca de 66 fitoterápicos reconhecidos pela Anvisa em diversos formatos, como cápsulas, comprimidos e xaropes. Durante a produção, as plantas devem ser monitoradas de acordo com as Boas Prática de Fabricação (BPF) ou de Manipulação (BPM). Após a coleta, o vegetal passa por etapas que asseguram a qualidade, como seleção e armazenamento.