
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade de pessoas com a doença. Para aumentar a conscientização sobre a doença, a Secretaria da Saúde do Ceará promove desde 2024 a campanha De outubro a outubro rosa. A ideia é falar sobre autocuidado o ano inteiro e estimular a realização dos exames necessários, além de desmitificar as questões com relação à mamografia.
A médica mastologista do HRVJ, Layza Belo, destaca que ao receber o diagnóstico, a paciente deve manter a calma, pois hoje há tratamentos cada vez mais avançados que proporcionam uma chance de cura de mais de 95%, a depender do estágio em que a doença é descoberta.
“Outro ponto importante é não se comparar com outra paciente que já teve a doença, pois cada uma terá seu tratamento individualizado e [o tratamento] muda a depender do estágio, subtipo e idade”, explica.
Mamografia
A mamografia é um exame bastante simples, uma espécie de raio-x das mamas, que busca identificar nódulos nos seios antes de eles se tornarem palpáveis. As imagens são registradas com a utilização de baixa radiação, o que possibilita visualizar a estrutura interna dos tecidos em alta resolução.
O exame é capaz de detectar alterações em cerca de 95% dos casos e é recomendado como rotina para todas as mulheres com mais de 50 anos, mesmo as sem histórico da doença, pelo menos a cada dois anos, segundo o Ministério da Saúde (MS).
“Segundo as principais diretrizes, a realização regular da mamografia permite reduzir significativamente a mortalidade por câncer de mama. Estudos indicam que a detecção precoce aumenta consideravelmente as hipóteses de sucesso no tratamento e reduz a necessidade de terapias mais agressivas. Por isso, a mamografia continua a ser aliada essencial na luta contra o câncer de mama“, explica a médica Layza Belo.
Atualmente, existem mais de 60 mamógrafos em todo o Ceará, sendo 25 da rede estadual. Eles estão em todas as regiões cearenses, distribuídos nas policlínicas regionais, como a de Limoeiro do Norte, e em Fortaleza, nos hospitais César Cals (HGCC) e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA) e no Instituto de Prevenção do Câncer (IPC).
Apesar de algumas pacientes relatarem dor ao realizar o exame, a sensibilidade de cada mulher é muito relativa. Para minimizar o desconforto, a dica é realizar o exame cerca de 10 dias após a menstruação e tentar relaxar, já que a tensão pode aumentar a dor.