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Termelétrica do Pecém é acionada para reforçar sistema elétrico em cenário de pouca chuva

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) solicitou, no último domingo (18), o acionamento da termelétrica Energia Pecém, no Ceará, para reforçar a estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente nos horários de pico de consumo.

A previsão de energia gerada pela usina até segunda-feira (26), é de 93.240 MWh no período. A central é movida a carvão mineral, tem capacidade instalada de 720 megawatts (MW) e é controlada pela Mercurio Asset, que comprou 80% da Energia Pecém da EDP em setembro de 2023.

O acionamento ocorre em um cenário marcado por chuvas abaixo da média na região Norte e aumento das temperaturas no Sudeste, com elevação da demanda de energia.

De acordo com nota emitida pelo CEO da térmica, Carlos Baldi, acionar os projetos térmicos já implantados e em operação no país é a garantia de uma geração de energia elétrica confiável para o consumidor quando a demanda está elevada e quando as condições climáticas não estão favoráveis à geração eólica, solar ou hídrica. Ele ainda acrescenta que o papel das usinas termelétricas, como a Energia Pecém, é crucial para evitar interrupção do fornecimento de energia.

Só neste mês de agosto, já é segunda vez que a usina Pecém é acionada e o cenário preocupa autoridades do setor. O pico de consumo nesta época do ano, entre 18h e 20h em dia útil, ocorre quando a geração solar zera a produção, mas a demanda por energia se mantém alta.

A sugestão do órgão é a antecipação do suprimento da Termopernambuco, da Neoenergia, a partir de outubro de 2024. A térmica foi contratada no leilão de reserva de capacidade de potência, em 2021. Essa energia só seria entregue em 2026.

A Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) projeta necessidade adicional de 5,5 gigawatts (GW) de potência no sistema em 2028, provenientes de fontes “despacháveis”, ou seja, aquelas que podem ser acionadas a qualquer momento. Eólica e solar, que dependem de condições climáticas para gerar energia, não são consideradas.

Por isso, o governo planeja realizar um leilão de reserva de capacidade ainda em 2024, visando contratar empreendimentos que garantam uma quantidade específica de geração em períodos determinados. A Energia Pecém pretende participar do certame, mas o setor aguarda a divulgação das regras pelo MME.

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