Nos últimos cinco anos, a conta de energia elétrica dos brasileiros aumentou em 47% contribuindo para que o país escalasse posições no ranking mundial de valores.
Atualmente, o Brasil tem a segunda conta de energia elétrica mais cara do mundo com custo de 200 kWh equivalendo a 34,2% da renda per capita familiar, superado apenas pela Colômbia em que a mesma quantidade de energia corresponde a 50,4%, é o que revela um estudo feito com dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
No lado oposto do ranking estão a Eslováquia (18,5%), Espanha (18%) e República Tcheca (15,7%), ocupando as três últimas colocações, nesta ordem. De acordo com a pesquisa, apenas 53,5% do custo da conta mensal de energia elétrica corresponde efetivamente a geração, transmissão e distribuição da energia, enquanto 46,5% equivale a impostos, taxas e ineficiências.
Embora esses elementos sejam os vilões dos boletos de luz, o furto de energia — popularmente conhecido como “gato” — também é cobrado dos consumidores, sendo estimado que em 2022 as perdas somarão mais de R$ 5,4 bilhões apenas com desvio de energia dos postes das companhias.
No final de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a nova tabela de valores referentes às bandeiras tarifárias impostas em situações de crise no setor. A nova proposta aumenta os valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1 em cerca de 60%.
Com isso, o preço do patamar amarelo vai de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989, uma elevação de 59,5%. A conta de luz corresponde a que percentual do seu orçamento mensal? Conta pra gente, comente!
