
Em entrevista nesta quinta-feira (22), CEO do Fortaleza Marcelo Paz disse que o time não quer entrar em campo enquanto os seis atletas lesionados não se recuperarem dos ferimentos físicos ocorridos por conta do atentado e detalhou como está a situação dos jogadores que precisaram ser atendidos em hospital no Recife.
“O Fortaleza não quer voltar a jogar. Não é correto. Nós não queremos voltar a jogar enquanto os agressores não forem punidos. Os jogadores poderiam ter morrido. A filha do Dudu perguntou se ele se machucou no trabalho. Que trabalho é esse? Isso é terrível”, iniciou Marcelo Paz.
“Eu vivi o terror ontem. Fizemos nosso trabalho, ninguém achava que aquilo ia acontecer. Tem que ser punido com rigor. Que este episódio seja um divisor de águas. Que a gente tenha punição exemplar. A impunidade é a mãe do próximo crime”.
“Já estamos em Fortaleza, os seis atletas vieram no voo, foram atendidos e medicados. Os médicos do Fortaleza vão às casas dos atletas. O Escobar teve 13 pontos, com trauma crânio encefálico, o João Ricardo com 7 pontos, o Titi com caco de vidro na panturrilha, terá que ser retirado. Os demais com estilhaços no corpo. Foi algo absurdo”, explicou o presidente.
O clube entrará com uma solicitação formal junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para voltar a campo somente após a recuperação de seus atletas.
“Esse é o nosso pensamento. Nossos jogadores estão de folga, amanhã nos reapresentamos e o nosso pensamento é o de não jogar enquanto algum desses seis estiver inapto de jogar futebol em alto nível. Restrinjo aos seis machucados, não estou nem falando do lado psicológico por que é individual”, finalizou.