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Professora da UFC é única do Ceará aprovada em edital que promove mulheres negras na ciência

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A Profª Margarida Pimentel, do Departamento de Letras Libras e Estudos Surdos (DELLES) da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi a única docente de instituição de ensino superior do Ceará a ser aprovada no edital Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência. A iniciativa tem como objetivo aumentar a presença e permanência de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira.

No total, foram submetidas 546 propostas para as mais diversas áreas do conhecimento, sendo 264 destas para a modalidade doutorado sanduíche no exterior e 282 para pós-doutorado no exterior. Ao final, foram selecionadas 86 pesquisadoras de todo o Brasil.

A previsão para embarque é em meados de dezembro, e o destino da professora Margarida será a Universidade de Évora, em Portugal, onde realizará pesquisa de pós-doutorado sob supervisão da Profª Maria João Marçalo, presidente da Associação Internacional de Linguística.

“O objetivo geral é desenvolver um estudo com análise, produção e uso de materiais didáticos funcionais bi/trilíngues (Libras, Língua Portuguesa e Língua de Sinais Portuguesa, também conhecida por Língua Gestual Portuguesa – GLP) físicos ou digitais, no âmbito da educação de surdos em Évora, a fim de ampliar o leque de possibilidades a educandos surdos no uso do Português como L2”, explica a pesquisadora.

Foto: Acervo pessoal

A docente destaca ainda o aspecto de internacionalização dos estudos surdos desenvolvidos na UFC.

“O ENEM é aproveitado em Portugal, devido a um convênio do governo brasileiro com o português. Com esse estudo que vou fazer no pós-doutorado, considerando o meu trabalho de tese que trouxe como produto alguns sinais-termo visando questões do ENEM, sonho em estimular e inspirar estudantes surdas e surdos e, desse modo, possa construir redes e pontes, entre universidades de Portugal e a UFC”, afirma.

O material lexical e terminológico produzido pelo Rede Surdos-CE, grupo de estudos e pesquisas coordenado pela Profª Margarida, pode ser conferido no site redesurdosce.ufc.br.

Saiba mais – A Chamada Atlânticas conta com R$ 6 milhões em investimentos e é uma das iniciativas construídas pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério das Mulheres (MM) e Ministério dos Povos Indígenas (MPI). 

O nome do programa presta homenagem à professora e historiadora sergipana Beatriz Nascimento, cofundadora do Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Movimento Negro contra a Discriminação Racial (MNUCDR). 

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