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Presidente Lula e Janja irão a Roma para funeral do papa Francisco

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja da Silva, confirmaram presença no funeral do papa Francisco, que será realizado em Roma, na Itália. A informação foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) na noite desta segunda-feira (21).

Segundo nota do Palácio do Planalto, a comitiva oficial que acompanhará o presidente será anunciada nesta terça-feira (22). A data da viagem ainda não foi confirmada, pois o cronograma oficial do funeral ainda depende de definições da Santa Sé.

De acordo com o Vaticano, os ritos fúnebres devem começar na quarta-feira (23), com sepultamento previsto entre sexta-feira (25) e domingo (27). O corpo do pontífice já foi colocado em um caixão de madeira com revestimento interno de zinco e será levado em procissão até a Basílica de São Pedro, onde ficará exposto por cerca de três dias.

O enterro ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maior, também em Roma, conforme desejo do próprio Francisco, que alterou as regras para rituais fúnebres papais, permitindo uma cerimônia mais simples e o sepultamento fora da Cidade do Vaticano.

É tradição que chefes de Estado participem do funeral de pontífices. Em 2005, Lula já havia representado o Brasil nas exéquias do papa João Paulo II, ao lado dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney. Para a despedida de Francisco, o Planalto também convidou os presidentes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), e espera-se que outras autoridades brasileiras integrem a comitiva.

Amizade

Lula e Francisco mantinham uma relação de proximidade e afinidade política, marcada por encontros e gestos simbólicos desde que o petista deixou a prisão. O primeiro encontro ocorreu em fevereiro de 2020, três meses após a libertação do ex-presidente.

Em junho de 2018, quando Lula ainda cumpria pena na sede da Polícia Federal em Curitiba, um enviado do papa tentou entregar ao petista um terço abençoado por Francisco. A entrada foi barrada pelos agentes federais, mas o presente foi entregue posteriormente, acompanhado de uma mensagem. A Santa Sé esclareceu que o gesto era de natureza pessoal e não institucional.

Desde que voltou à Presidência, Lula voltou a se encontrar com o papa duas vezes. Em junho de 2023, esteve com Francisco no Vaticano ao lado da primeira-dama, Janja. No ano seguinte, os dois se reuniram durante a cúpula do G7, em Puglia, no sul da Itália. Os encontros foram marcados por alinhamento em temas como o combate à fome, justiça social e defesa da paz em conflitos como a guerra na Ucrânia e os bombardeios na Faixa de Gaza.

O diálogo entre ambos sempre esteve atravessado por críticas à judicialização da política. Em entrevista ao jornal espanhol ABC, publicada em 2022, Francisco afirmou que a Operação Lava Jato foi impulsionada por “notícias falsas na mídia que criaram um clima favorável ao julgamento”. Segundo o pontífice, o caso de Lula foi marcado por irregularidades processuais e manipulação midiática. “Eles armam o cenário através da mídia de tal forma que têm um efeito sobre aqueles que devem julgar e decidir”, declarou.

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