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Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na casa do dono do Coco Bambu

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A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão para coletar pen drive e celulares do proprietário do Coco Bambu, Afrânio Barreira, na manhã desta terça-feira (23). O mandado foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A operação, que acontece nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, é decorrente de denúncias envolvendo de  empresários e que estariam participando de um grupo de WhatsApp onde frases antidemocráticas foram compartilhadas.

Segundo informações, nas mensagens os membros do grupo defendem um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. As conversas foram reveladas pelo site Metrópole. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Entre os empresários envolvidos estão Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu,  Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa e Marco Aurélio Raimundo, da Mormai.

Além das buscas, o ministro Alexandre de Moraes também autorizou que os empresários sejam ouvidos pela PF. A autorização judicial e a operação policial ocorrem sete dias após o site Metrópoles noticiar que, em mensagens trocadas no grupo de  WhatsApp denominado Empresários & Política, os alvos da operação questionavam a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral brasileiro, além defender medidas inconstitucionais e mesmo um eventual golpe de Estado.

O mandado contra o empresário cearense foi cumprido na Rua Osvaldo Cruz, no bairro Meireles, em Fortaleza, onde Afrânio Barreira mora.

Foto: Fabio Lima/O POVO

Em nota, Afrânio Barreira, do grupo Coco Bambu, afirma que nunca se manifestou a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. Acrescenta que ações que visem a romper com a democracia não correspondem ao seu pensamento e posicionamento.

“A democracia é a chave para construção de um Brasil melhor. Valorizo, e muito, a oportunidade de conseguir votar e escolher os representantes de nosso povo brasileiro, e todo cidadão deveria ter a consciência da importância deste momento. Valorizo e sempre defenderei um processo eleitoral honesto e justo”, afirmou o empresário, que acrescenta muitas vezes se manifestar com reações em “emoticon” a alguma mensagem, mas sem necessariamente estar endossando seu teor, ou ter lido todo o seu conteúdo.

Veja imagens da ação:

Imagens enviadas por WhatsApp

A representante jurídica da Mormaii, Luana Aguiar, confirmou que Morongo é um dos oito alvos da operação da PF, que o “contatou” esta manhã. “Ainda desconhecemos o inteiro teor do inquérito, mas ele [Raymundo] se colocou e segue à disposição de todas as autoridades para prestar os esclarecimentos.”

Em nota, a defesa de Ivan Wrobel classifica como falsa a afirmação de que o empresário defende um golpe de Estado e sustenta que ele teve sua honra e credibilidade abaladas “simplesmente por participar de um grupo de WhatsApp”. “Descendente de uma família polonesa judia, o senhor Ivan sempre soube o perigo que ditaduras podem causar. Cumpre ressaltar que, em 1968 [durante o regime militar], quando aluno do IME [Instituto Militar de Engenharia], foi convidado a se retirar da instituição por ter se manifestado contrário ao AI-5 [Ato Institucional nº 5]”, acrescenta a defesa.

A assessoria de Luiz André Tissot informou que, por ora, ele não se manifestará sobre o tema.

Em nota, a Polícia Federal confirmou estar cumprido os mandados expedidos por Moraes, mas não informou os nomes dos alvos das ações de busca e apreensão por tratar-se de um inquérito sigiloso. A assessoria do STF se limitou a confirmar a decisão de Moraes, sem fornecer detalhes.

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