
Os lares brasileiros mudaram de forma significativa. Em pouco mais de uma década, o percentual de mulheres chefiando casas no país já é quase igual ao de homens. Os dados são de um recorte do Censo 2022, divulgado na sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, 49% dos lares têm as mulheres como provedoras. Em 2010, esse percentual era de 38,7%.
O Censo 2022 mostrou também que, pela primeira vez, a proporção de pretos e pardos responsáveis pelas unidades domésticas superou a de brancos. A proporção é de 43,8% (pretos e pardos) para 43,5% (brancos). Em 2010, essas mesmas porcentagens eram de 40% e quase 49,4%, respectivamente.
A pesquisa indicou ainda uma série de mudanças na configuração das famílias brasileiras no período do 12 anos, como o aumento na proporção de casais sem filhos, de 16,1% para 20%, e de lares com pessoas morando sozinhas, de 12,2% para 18,9%. Além disso, houve um crescimento expressivo no número de casas em que vivem casais homossexuais, de cerca de 59 mil lares, em 2010, para mais de 390 mil, em 2022.
O recorte do Censo 2022 também traz dados sobre os óbitos no Brasil. O IBGE registrou mais de um milhão e 300 mil mortes no país entre agosto de 2021 e julho de 2022. Mais da metade dos falecidos (54%) eram do sexo masculino, e 45% do sexo feminino.
Na faixa etária de 15 a 34 anos, morrem ainda mais homens do que mulheres, e as principais causas dos óbitos são externas e violentas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Na faixa etária de 20 a 24 anos, essa diferença nos gêneros é ainda mais acentuada: são quase quatro vezes mais mortes de homens do que de mulheres.