
O Museu do Bode Ioiô foi inaugurado nesta quarta-feira (24), em celebração ao Dia Nacional da Infância, na Cidade das Crianças no Centro de Fortaleza. A figura do bode representa a imagem do animal que circulava pelas ruas da Capital cearense entre os anos de 1915 a 1931.
A programação especial para o dia incluiu passeio no trenzinho cultural, uma oficina de sementeira, para 40 crianças em acolhimento institucional da Prefeitura e 16 acompanhantes e distribuição de mudas em alusão ao agosto verde, mês nacional da primeira infância.
“Para nós é muito importante está linkando a primeira infância, o turismo e a história da cidade de Fortaleza. Fortaleza tem sido a cidade das experiências e o Parque das Crianças é um equipamento desenvolvido para a cidade, para o fortalezense. Além disso, não está voltado só para a primeira infância mas também para o turismo da cidade”, disse Alexandre Pereira, titular da Secretaria de Turismo de Fortaleza.

O Museu do Bode Ioiô carrega a temática do personagem popular, atualmente empalhado no Museu do Ceará (fechado para obras). Vale ressaltar que o museu do bode foi idealizado pelo educador patrimonial e turismólogo, Gerson Linhares.
“Estamos recebendo doação de artistas plásticos do Brasil inteiro, até por que o bode teve projeção nacional em 2019 com esse olhar multifacetado que o personagem tem, e isso se torna um incentivo para que o personagem faça parte da nossa história principalmente para as crianças. O Bode Ioiô é nosso mascote e serve como resgate da nossa Fortaleza antiga, nossos costumes e nossas tradições”, comentou Linhares.
O acervo conta com obras de arte, artesanatos, fotografias, obras literatura popular, e publicações com a temática do famoso bode, além dele o próprio Bode Ioiô. O projeto conta também com o mascote do Bode Ioiô de Fortaleza, um boneco utilizado de forma lúdica para transmitir a história do bode às crianças.
Bode Ioiô
O famoso bode viveu na cidade de Fortaleza no início do século XX, mormente na década de 1920. Figura folclórica da cultura popular cearense, o bode chegou a Fortaleza junto a um grupo de retirantes da seca que vinham do interior do Ceará. Ao chegar à Capital, ele foi comprado por uma empresa que ficava na antiga Praia do Peixe, atual Praia de Iracema, e, sempre indo e vindo pelo local, foi apelidado de “ioiô” pela população.
Conta a história que Ioiô costumava perambular pelas ruas centrais da cidade, na companhia de boêmios e escritores que frequentavam os bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira, antigo centro cultural da capital, e que lhe davam cachaça para beber