
Os postos de saúde de Fortaleza são a porta de entrada para que gestantes recebam acompanhamento completo, com consultas regulares, estratificação do risco gestacional, exames, monitoramento da saúde e orientações que contribuem para uma gestação mais segura. E após o nascimento do bebê, uma fase marcada por mudanças físicas, emocionais e hormonais, a atenção à mãe continua sendo prioridade.
A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realiza durante o pré-natal a avaliação de indicadores importantes, como pressão arterial, níveis de glicose e peso. Essa atenção ajuda a prevenir complicações como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e anemia. Já no puerpério, período que sucede o parto e que dura em média seis semanas, esse cuidado segue com acompanhamento e oferta de diversos serviços.
Neste mês de maio, Fortaleza conta com 13.468 gestantes fazendo o acompanhamento de pré-natal em postos de saúde. Em 2025, a capital já registrou 8.078 nascidos vivos, em unidades públicas e particulares.
A médica e ginecologista Luciene Bessa, da Unidade de Atenção Primária à Saúde, reforça a importância desse acompanhamento contínuo. “O pré-natal permite não apenas identificar e tratar precocemente qualquer alteração na saúde da mãe, mas também acompanhar o desenvolvimento do bebê. Por meio dos exames, conseguimos verificar o crescimento fetal, detectar possíveis anomalias e tomar medidas preventivas”, destaca.
Léa Dias, assessora técnica da Saúde da Mulher, explica ainda que as gestantes são vinculadas a uma maternidade para atenção ao parto e/ou intercorrências durante a gestação e enfatiza que “o recomendado é que a mulher inicie o acompanhamento com até 12 semanas de gravidez para cumprir o calendário mínimo de consultas necessárias”. No primeiro trimestre deste ano, 74% das mães que tiveram bebês na capital realizaram sete ou mais consultas de pré-natal, cumprindo o número de consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS).
Confira alguns serviços importantes ofertados no pré-natal ou puerpério nos postos de saúde
Medicamentos
As gestantes a partir da 16ª semana de gestação, cujos exames e fatores clínicos indiquem risco de pré-eclâmpsia, têm acesso à Profilaxia das Síndromes Hipertensivas por meio das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). O tratamento inclui prescrição de cálcio e ácido acetilsalicílico (AAS), ambos distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde.
Imunização
A imunização materna também faz parte desse cuidado, garantindo proteção indireta ao bebê contra doenças como coqueluche, difteria, tétano, covid-19 e gripe. Após o nascimento, os bebês têm acesso a mais de 19 vacinas oferecidas gratuitamente, que previnem diversas doenças.
Salas de Apoio à Mulher que Amamenta
No puerpério, ainda na maternidade, as mães já recebem informações e apoio para prática do aleitamento materno. Este cuidado é fortalecido nas 26 Salas de Apoio à Mulher que Amamenta/Postos de Coleta de Leite Humano, distribuída nas seis Regionais de Saúde.
Esses espaços oferecem suporte e informação sobre os benefícios do aleitamento materno, além de orientar sobre técnicas que favorecem uma amamentação adequada. As salas também coletam leite humano, que pode ser destinado às próprias puérperas ou encaminhado aos bancos de leite da rede pública, beneficiando recém-nascidos prematuros que não podem ser alimentados com leite da mãe.
Oferta de métodos contraceptivos
Um cuidado importante também no puerpério é a oferta de métodos contraceptivos para segurança das mulheres neste período, a fim de garantir suporte integral para uma vida reprodutiva saudável e consciente.
Entre os métodos oferecidos estão preservativos interno e externo, anticoncepcionais injetáveis (mensal e trimestral), minipílula, pílula combinada, e o Dispositivo Intrauterino (DIU). O implante subdérmico também está disponível para puérperas de 10 a 19 anos no pós-parto.