No decorrer da gestação, algumas comorbidades e complicações podem comprometer o estado de saúde da grávida e do bebê. É o caso da hipertensão gestacional, que pode estar associada à pré-eclâmpsia, eclâmpsia e outras complicações graves, até mesmo fatais para mãe ou para o bebê.
O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), em Sobral, atende gestantes de alto risco vinculadas à Policlínica ou ao Centro de Especialidades Médicas de Sobral (CEM), além de pacientes reguladas. Em 2023, foram admitidas 548 pacientes com Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG).
“A pré-eclâmpsia é uma condição clínica que causa o aumento pressórico na gestante após a vigésima semana de gestação. Uma vez que é identificada, o ideal é que essa paciente procure o pré-natal especializado, de alto risco, para o controle da doença”, explica a médica ginecologista e obstetra do HRN, Renata Nogueira.
A médica explica ainda que vem sendo observado um aumento na incidência da hipertensão gestacional, principalmente por conta de alguns hábitos de vida da população, como sedentarismo, obesidade, tabagismo e até associação com algumas doenças prévias, como diabetes, hipertensão e alguns problemas da tireoide.
Fatores de gravidade
O controle da pressão pode ser feito com anti-hipertensivos e principalmente na identificação de alguns fatores de gravidade, para evitar que a paciente tenha desfechos desfavoráveis, como crises convulsivas, até óbito fetal e materno.
“Quando bem acompanhado no pré-natal e realizado o controle adequado da pressão, a doença pode ter remissão completa após a gravidez, evoluindo em níveis pressóricos adequados e sem nenhuma complicação”, completa Nogueira.