O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realiza, nesta quinta-feira (1°), a 19ª Jornada Cearense de Hematologia e Hemoterapia, no Centro de Eventos, em Fortaleza, no Salão São José, das 7h45 às 18h.
O encontro científico faz parte da programação do 28º Congresso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular que acontece entre os dias 31 de julho e 3 de agosto.
A programação da Jornada envolve temas como gestão e organização da Hemorrede, doença falciforme (DF), gerenciamento do sangue do paciente e os 15 anos de TMO no Ceará, entre outros.
A diretora-geral do Hemoce e uma das palestrantes da Jornada, Luciana Carlos, ressalta a importância de ter esse evento dentro do congresso.
“Nós vamos ter no congresso e na jornada cearense, vários especialistas internacionais falando sobre o tratamento da DF, com transplante e terapia gênica, entre outros assuntos muito importantes para o Hemoce. A gente vai ter a oportunidade de interagir com esses profissionais e fazer conexões. Então é um momento muito interessante de aprendizado, troca e crescimento institucional”, diz.
Além de Luciana, as palestras serão ministradas pelos diretores de hemoterapia e hematologia do Hemoce, Franklin Cândido e Luany Mesquita, respectivamente. Profissionais do hemocentro, além de palestrantes de renome nacional e internacional, como Belinda Pinto Simões (USP), Jane Hankins e Akshay Sharma (St Jude Children’s Research Hospital) também participarão.
Congresso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular
O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea, reunirá mais de 1.500 participantes, entre médicos e membros de equipes multidisciplinares de todo o Brasil e de diferentes regiões do mundo. O congresso terá como tema: “TMO: em constante evolução”. Durante o encontro serão debatidos os principais avanços e desafios que integram o cenário do transplante de medula óssea e da terapia celular.
Fernando Barroso, coordenador do Centro de Processamento Celular do Hemoce e presidente da SBTMO destaca a importância do evento para a área. “Nos últimos anos, o TMO se solidificou como uma das mais importantes terapêuticas salvadoras da medicina e agora com a terapia celular com CAR-T Cell e células Natural Killer, toda a revolução em busca da cura destas doenças se consolida”, diz.
Cadastro de Medula Óssea e apoio ao transplante
O hemocentro cearense é responsável por cadastrar os doadores de medula óssea no Ceará e cadastrou mais de 230 mil pessoas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome. O número de cadastros realizados pelo Hemoce é o maior das Regiões Norte e Nordeste.
Para a realização do transplante de medula óssea no Ceará, o Hemoce apoia realizando a triagem de candidatos, testes de compatibilidade, exames e coleta da medula por aférese. Também é feita a coleta células para transplante alogênico não aparentado em pacientes de outros estados e países. Até julho deste ano, já foram feitas 129 coletas, sendo 80 para transplante de medula óssea em outros estados e 49 para outros países (Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia) – 15 ocorreram neste ano.
O Ceará alcançou neste ano a marca de 850 procedimentos realizados. Os transplantes na rede pública são resultados da parceria entre o Hemoce e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). O Ceará tem uma média de sobrevida dos pacientes transplantados de 95,3%, superior à média nacional, que atualmente é de 90%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
