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Estresse no trabalho e saúde dos olhos: Estudos sugerem possível relação com o glaucoma

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A vida contemporânea impõe um ritmo intenso e, com ele, cresce também a pressão emocional, sobretudo no ambiente profissional. O relatório global “People at Work 2023: A Global Workforce View” indica que 67% dos brasileiros relatam que o estresse afeta negativamente sua produtividade no trabalho e 31% apontam impacto devido à saúde mental.

Embora já se discuta amplamente o impacto do estresse na saúde física e mental, seus efeitos sobre a visão ainda são pouco explorados. Um estudo da Glaucoma Research Foundation sugere que níveis elevados de estresse e ansiedade podem elevar a pressão intraocular, acelerando potencialmente a evolução do glaucoma. São indícios de uma possível associação que ainda merecem investigação mais aprofundada.

Foto: Divulgação

“Não estamos afirmando que o estresse seja um fator causal direto do glaucoma, mas ele pode atuar como agravante em indivíduos predispostos, criando um ciclo que merece atenção clínica”, explica o Dr. Luiz Arthur F. Beniz, oftalmologista do CBCO Hospital de Olhos.

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que mais de 1,7 milhão de brasileiros vivam com glaucoma, cerca de 2% da população acima de 40 anos, condição que em fases iniciais pode não apresentar sintomas. Quando há sintomas, o paciente pode perceber perda de campo visual e visão embaçada. Em alguns tipos de glaucoma, também podem surgir vermelhidão ocular e dor intensa.

A melhor estratégia para evitar a progressão da doença é o diagnóstico precoce: exames regulares a partir dos 40 anos são fundamentais para monitorar a pressão intraocular e avaliar o nervo óptico por meio de exame clínico e de métodos complementares (campimetria visual, tomografia de coerência óptica).

“Com o tratamento adequado, seja por meio de colírios, diferentes modalidades de laser e/ou cirurgia, de acordo com a fase e as necessidades de cada paciente, é possível controlar a doença e reduzir ao máximo a perda irreversível da visão”, acrescenta o especialista.

O impacto do estresse também se reflete em hábitos de vida prejudiciais, como má alimentação, sedentarismo, insônia, consumo excessivo de álcool e até falhas na adesão ao tratamento. Tudo isso compromete o controle da doença. Por isso, além do tratamento e do acompanhamento oftalmológico, é fundamental cuidar da saúde emocional e do estilo de vida.

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Carregar mais por Kátia Alves
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