
Nesta terça-feira (13) é celebrado o Dia Nacional do Forró e os 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. A data foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada em 2005. Em 2021, o forró foi instituído como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
O forró é o gênero musical que representa a cultura nordestina em sua totalidade permeando todos os estados e os mais diversos gostos. Sua matriz tradicional é muito vasta e abrange várias vertentes como o baião, o xote, arrasta-pé, o famoso forró das antigas e o mais recente forró eletrônico, além do piseiro.
Luiz Gonzaga, o Rei do Baião
Nascido na cidade de Exu, em 13 de dezembro de 1912, Gonzaga foi o primeiro responsável pela propagação dos ritmos nordestinos que compõe o forró, entre eles, o xote, xaxado, baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.
Juntamente com outros nomes surgidos enquanto ele construirá sua trajetória artística. O filho do lavrador e sanfoneiro, Januário, também buscou na própria família arregimentaram exército de músicos e compositores que popularizariam o forró para todo Brasil. É o caso do músico Oquinha Gonzaga, hoje com 70 anos, o sanfoneiro ganhou o primeiro instrumento do tio famoso aos 12 anos de idade, e já na vida adulta passou a ser um discípulo do forró.
A cantora Maria Lafaiete, que mora em Olinda, Pernambuco, também continua o gênero musical nos palcos e fala de sua convivência com seu Lula, como ela chama carinhosamente o primo aniversariante do dia.
A trajetória de Gonzagão ganhou neste mês um vasto projeto audiovisual. O trabalho é do pesquisador, colecionador e autor, Paulo Wanderley. Na obra multimídia “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”. Paulo quis ampliar ainda mais as possibilidades para quem quer conhecer o artista mais biografado do país; que já possui pelo menos 70 livros e mais de 200 cordéis lançados sobre sua vida e trabalho.
Cópias de vários itens como capas de discos, fotos, documentos pessoais, ingressos de show, poster, partituras e até de contrato firmado com a Rádio Nacional, acompanham a obra. Essa imersão, segundo Daniel Gonzaga, neto de Gonzagão e filho de Gonzaguinha, ajuda a entender o caráter sócio-cultural do forró para além do gênero. E que outras figuras importantes para consolidação do ritmo que saiu do celeiro nordestino para ganhar o país, merecem resgate e reconhecimento semelhante.