
Pesquisa de Intenção de Compras para o Dia das Mães, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, revela que 45% dos consumidores planejam comprar pela internet em 2025, um salto de 8 pontos percentuais em relação ao ano passado. Com ticket médio de R$ 298 e expectativa de faturamento de R$ 37,75 bilhões neste Dia das Mães, os varejistas digitais precisam se preparar para atender quem busca conveniência sem abrir mão de segurança e bom custo-benefício.
Para Cláudio Alves, diretor de Enterprise da Linx, o aumento do percentual de compras online reflete a maior familiaridade do consumidor com os canais digitais. “O cliente se sente mais seguro ao comprar pela internet, especialmente quando encontra boas condições de preço, frete e prazos de entrega”, observa.
Dos 45% que comprarão no e-commerce:
- 73% usarão aplicativos de loja;
- 69% acessarão sites no desktop ou mobile;
- 28% aproveitarão ofertas pelo Instagram.
Apesar do avanço do e-commerce, 79% dos entrevistados pesquisam preços antes de fechar a compra e 80% ainda preferem lojas físicas. A pesquisa aponta também que 74% consultam valores em aplicativos e 41% em redes sociais antes de decidir.
“A pesquisa de preços em aplicativos e redes sociais torna o funil de compra muito mais dinâmico e competitivo. Aplicativos funcionam como comparadores rápidos, acelerando a avaliação, e as redes sociais atuam de forma mais emocional, por meio de reviews e recomendações”, explica Alves. “Para o varejista, esse cenário exige consistência de preços, ofertas bem estruturadas e uma presença digital integrada”, complementa.
O boom das compras online
No universo online, 52% dos consumidores recorrem a sites internacionais em busca de economia e variedade, enquanto 37% optam por e-commerces nacionais pela segurança e agilidade na entrega. “O consumidor que compra em sites internacionais costuma aceitar prazos mais longos em troca de preços menores. Já quem compra em plataformas nacionais prioriza a agilidade no recebimento, a facilidade nas trocas e a proximidade do atendimento local”, destaca o executivo.
Para maximizar vendas, é fundamental equilibrar investimentos conforme o papel de cada canal na jornada de compra. “O ideal é balancear os recursos entre apps e sites — pontos diretos de conversão que merecem foco em usabilidade e personalização — e o Instagram, que funciona como canal de descoberta e engajamento, exigindo conteúdo visual atraente e atendimento rápido”, recomenda Cláudio Alves.
O mix de produtos oferecido também faz diferença na percepção de valor. “Para comunicar valor no digital, o mix precisa equilibrar desejo, utilidade e preço, especialmente em datas como o Dia das Mães. Kits personalizados, edições limitadas e embalagens especiais reforçam a qualidade sem depender apenas de descontos”, acrescenta Alves.
Indicadores
Em termos de performance, o varejista deve monitorar indicadores como taxa de conversão, abandono de carrinho e posição nos rankings de busca dos marketplaces, além de avaliações de clientes. Quanto à logística, para evitar falhas é fundamental realizar previsão de demanda baseada em dados históricos. “Integrar estoques de e-commerce e lojas físicas, permite estratégias como ship-from-store e compre e retire”, orienta o diretor da Linx.
O Dia das Mães de 2025 confirma que o e-commerce não é apenas conveniência, mas canal estratégico. Varejistas que aliarem tecnologia, logística ágil e experiência personalizada estarão bem posicionados para atender os 45% que optam pelo digital, sem abrir mão dos 80% que ainda valorizam o físico.