
O turismo brasileiro alcançou um patamar histórico no mês de fevereiro, registrando o maior faturamento da série histórica para o período: R$ 16,5 bilhões, de acordo com o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O valor representa um crescimento de 5,3% em comparação a fevereiro de 2024. No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o setor também cravou novo recorde, somando R$ 37,3 bilhões, com alta de 5,5%.
Entre os estados do país, o destaque ficou para o Espírito Santo, com alta de 16,9% em fevereiro e 13,4% no bimestre. Sergipe (12,3%) e Santa Catarina (11,4%) também se destacaram, especialmente impulsionados pela forte presença de turistas argentinos em Balneário Camboriú. Rio de Janeiro (6,7%) e São Paulo (5,2%) concentraram juntos 45% do faturamento nacional, reforçando sua posição estratégica no setor.
Na Região Nordeste, o Ceará é terceiro, atrás apenas de Sergipe (12,3%) e Paraíba (8,6%). Ambos são proporcionalmente inferiores em faturamento, visto que o primeiro atingiu receita de R$ 58 milhões em fevereiro. Por outro lado, Acre (-8,8%) e Roraima (-8,1%) registraram queda nas receitas.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou a força do setor na geração de empregos e desenvolvimento econômico. “Estamos vendo o turismo brasileiro bater recordes, atrás de recordes, gerar mais empregos, promover a inclusão e contribuir fortemente para o desenvolvimento econômico do país. Nosso compromisso é seguir trabalhando para que esse crescimento seja contínuo e sustentável”.
Segundo a FecomercioSP, o bom momento da economia, aliado a um calendário favorável com mais dias úteis, impulsionou os resultados. A expectativa dos empresários é de que o crescimento se mantenha nos próximos meses, projetando uma expansão acima de 2%, apoiada na queda da taxa de desemprego e na maior estabilidade financeira das famílias.
Entre os segmentos que puxaram a alta, o transporte aéreo foi o grande protagonista, movimentando R$ 4,1 bilhões, aumento de 9,8%, seguido de viagens corporativas, que subiram 7%, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As agências de viagens, operadoras turísticas e serviços relacionados também tiveram desempenho expressivo, com faturamento de R$ 1,3 bilhão, alta de 8,3%. Bares e restaurantes cresceram 6,8%, somando R$ 2,5 bilhões, e a hotelaria faturou R$ 2,1 bilhões, com aumento de 2,3% no período.