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Aumento de diagnósticos de autismos exige atenção à saúde mental, destaca psicóloga

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Com um crescimento significativo dos diagnósticos em pessoas do espectro autista, surge a necessidade de uma atenção ainda mais específica em relação à saúde mental desse grupo. Estudos recentes do Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, indicam que a prevalência de autismo está em torno de 1 em cada 36 crianças. Trazendo para o Brasil, a estimativa aponta cerca de 5 milhões de pessoas autistas. Desde 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu questionamentos sobre autismo, atualizando de forma constante estes dados.

E para além de datas que são um lembrete crucial da necessidade de promover a conscientização e a aceitação de pessoas autistas, como o Dia Mundial do Autismo, celebrado em 2 de abril, é fundamental abordar a saúde mental com urgência, tendo em vista um maior reconhecimento da diversidade neurológica em todo o mundo.

Segundo a psicóloga e educadora parental, Sarah Rebeca Barreto, o acompanhamento profissional é fundamental para o bem-estar dos autistas, auxiliando-os a enfrentar os desafios únicos que podem surgir. “Profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos podem fornecer intervenções personalizadas. Isso ajuda os autistas a desenvolver habilidades sociais, regular suas emoções e lidar com a ansiedade e o estresse”, explica.

A especialista também destaca a importância de combater a desinformação e o bullying, que representam obstáculos significativos para um desenvolvimento saudável. “É crucial que as famílias e as escolas trabalhem juntas para criar ambientes de apoio que promovam a compreensão e a aceitação. A educação sobre o autismo pode ajudar a dissipar mitos e estereótipos, enquanto as estratégias de prevenção ao bullying podem proteger os autistas da discriminação e do assédio”.

Além disso, a saúde mental dos autistas deve ser uma prioridade nos projetos públicos e privados. É fundamental que os governos e as organizações invistam em serviços e programas que atendam às necessidades únicas dos autistas. Isso inclui o acesso a profissionais qualificados, intervenções baseadas em evidências e apoio para famílias e cuidadores.

“Ao trabalharmos juntos, será possível criar um mundo mais inclusivo e acolhedor, garantindo que pessoas autistas tenham a oportunidade de viver vidas plenas e significativas”, conclui a profissional.

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