
O valor da cesta básica caiu em agosto em 16 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, calculada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Belém foi a única capital onde o preço da cesta subiu (0,27%).Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6).
Em Fortaleza, o valor da cesta caiu 2,26% no mês de agosto. Esta é a segunda vez consecutiva que o produto registra deflação, após redução de 2,37% em julho. Desta forma, a cesta básica está sendo comercializada a R$ 626,98.
Além da capital cearense, a queda mais expressiva no valor da cesta básica ocorreu no Recife (-3%), seguida por Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
Do total de produtos que compõem a cesta básica, sete registraram queda, o que potencializou a redução. O tomate caiu 22,14%, seguido do óleo (-7,32%) e feijão (-2,29%). Outros produtos, no entanto, aumentaram. É o caso do (8,76%), manteiga (3,83%) e farinha (3,83%).
Brasil
Em agosto, a cesta mais cara do país era a de São Paulo, onde o custo médio dos alimentos básicos foi estimado em R$ 749,78. Na sequência, estavam as cestas de Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). A cesta mais barata foi a de Aracaju, onde o preço médio encontrado foi de R$ 539,57.
Na comparação anual, entre agosto de 2022 e o mesmo mês de 2021, houve alta de preço em todas as capitais pesquisadas. A maior variação foi encontrada no Recife (21,71%) e a menor, em Porto Alegre (12,55%).
Com base na cesta mais cara do país, a de São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 6.298,91 no mês de agosto, um valor 5,2 vezes superior ao do salário mínimo vigente atualmente no país, de R$ 1.212.