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Pré-eclâmpsia: conheça os sinais e saiba quando procurar acompanhamento médico

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A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina, que se inicia após a 20ª semana de gestação. Ela pode evoluir para a eclâmpsia, condição grave caracterizada por convulsões, com risco de vida para mãe e bebê. Por isso, é importante ficar atenta às condições que podem levar ao problema.

A médica residente em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Laura Pinto Studart, alerta que mulheres com história familiar da condição, primeira gravidez, idade superior a 35 anos, obesidade, diabetes, hipertensão prévia ou gestação gemelar apresentam maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia.

“Pressão alta, dores de cabeça, alterações na visão (turvação visual, pontos luminosos na vista) e dor na região superior do abdome são alguns dos sinais e sintomas que as mães devem estar atentas para um rápido diagnóstico”, destaca.

As consequências da pré-eclâmpsia para a gestante e o bebê podem ser graves. Segundo pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a condição é a principal causa de morte materna no Brasil. Além disso, pode levar ao aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), falência de órgãos, incluindo comprometimento das funções renal e hepática, queda das plaquetas e descolamento prematuro da placenta. “Para o bebê, os riscos incluem restrição de crescimento, parto prematuro, sofrimento fetal e até morte”, complementa a médica.

Pré-natal adequado é fundamental para diagnóstico precoce

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito por meio da aferição da pressão arterial, rastreio de proteína na urina (proteinúria) e exames de sangue, além da avaliação clínica e da anamnese, fundamentais para a identificação da doença. O tratamento pode envolver monitoramento da pressão arterial, uso de medicação anti-hipertensiva, administração de sulfato de magnésio e, em casos mais graves, a resolução da gestação por meio do parto.

A médica reforça que um pré-natal adequado é essencial para a detecção precoce dos fatores de risco e a prevenção de complicações. “O acompanhamento de um médico generalista, do pré-natal de risco habitual, deve permitir a identificação das pacientes que podem se beneficiar da prevenção com ácido acetilsalicílico (AAS) e cálcio. Qualquer sintoma suspeito deve ser comunicado ao médico imediatamente para evitar agravamentos”, pontua Laura.

Sobre a unidade

O acolhimento a mães e bebês é realizado no HGF de maneira multidisciplinar, através da Unidade de Neonatologia. Ela conta com médicos de diversas especialidades, incluindo gastroenterologia, nefrologia, neurologia e cardiologia, além de profissionais de Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional.

Além de uma emergência obstétrica, a estrutura dispõe de 45 leitos, sendo 20 destinados à UTI, 20 para Cuidados Intermediários e cinco na Unidade Canguru. O setor é equipado com tecnologia moderna, como respiradores específicos para recém-nascidos, gasômetros e aparelhos de radiografia e ultrassonografia para atendimento à beira do leito.

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