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Construção civil supera expectativas e cresce 4,1% em 2024, segundo a CBIC

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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) divulgou que o ritmo de atividades da Construção Civil segue forte. Nos três primeiros trimestres de 2024 o setor cresceu 4,1% em relação a igual período do ano anterior. No 3º trimestre deste ano, a alta foi de 5,7% em relação ao 3º trimestre de 2023. As previsões iniciais da CBIC foram apresentadas nesta segunda-feira (16), por meio do relatório Desempenho da Construção Civil em 2024 e Perspectivas para 2025.

Considerando o período de 12 meses encerrados em setembro, comparado com os 12 meses imediatamente anteriores, o incremento das atividades foi de 3,3%. Estes números são melhores do que os registrados pela economia nacional, conforme os resultados das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Certamente a Construção Civil encerrará 2024 com crescimento superior ao aguardado nos primeiros meses do ano. Entretanto, isso não significa a ausência de desafios para o próximo ano, entre eles, o novo ciclo de alta da taxa de juros que pode inibir os investimentos produtivos”, destaca o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia.

No 3º trimestre de 2024, em relação ao trimestre imediatamente anterior, a Construção Civil registrou queda de 1,7%. Nessa base de comparação o recuo do setor foi o maior entre todos os demais setores de atividade. “Um dos fatores que pode ter contribuído para este resultado é o menor ritmo do segmento de infraestrutura, em função do fim do ciclo de algumas obras relacionadas às eleições municipais”, afirma a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

“O bom desempenho da construção civil durante o ano de 2024 pode ser notado também nas vendas de cimento, no período acumulado de dezembro de 2023 a novembro de 2024. No mercado interno, foram 64,5 milhões toneladas, o que corresponde a uma alta de 4% em relação a igual período do ano anterior. E de janeiro a novembro, as vendas foram de 60 milhões [de toneladas], uma alta de 4% considerando igual período do ano anterior”, disse Ieda Vasconcelos, economista da CBIC.

Segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, o bom resultado influencia toda a cadeia produtiva do setor. “Quando a construção cresce, o consumo de materiais obviamente cresce, assim como vários setores são impulsionados. É o caso do cimento e também do aço, das louças, das tintas, portas, esquadrias, vidros e uma série de materiais que fazem com que a economia gire”, explicou.

A economia brasileira cresceu 0,9% no 3º trimestre de 2024 em relação ao 2º trimestre, resultado que ficou um pouco acima das expectativas de mercado, que apontavam incremento de cerca de 0,8% em seu Produto Interno Bruto (PIB). Neste período a Agropecuária recuou 0,9%, a Indústria cresceu 0,6% e o Setor de Serviços apresentou alta de 0,9%.

Mercado de trabalho

O relatório mostra, ainda, resultados positivos no mercado de trabalho da construção civil. Foram criadas mais de 230 mil novas vagas formais entre janeiro e outubro de 2024.” Boa parte das novas contratações foi de jovens entre 18 e 29 anos”, destacou Correia, citando que este é o perfil de cerca de 52% das novas contratações.

Com o resultado, o número de trabalhadores do setor com carteira assinada ficou em 2,98 milhões, número que equivale ao nível observado em 2014 no país.

“Um outro dado muito importante diz respeito ao salário médio de admissão do setor da construção civil. Quando analisamos o mês de outubro, tendo por base dados do Ministério do Trabalho, vemos que fomos o segundo setor com maior salário de admissão [R$ 2.335, 69]. Esse resultado é superior à média nacional [de R$ 2.153,18]”, ressaltou Ieda Vasconcelos.

“No trimestre passado, a gente estava em terceiro lugar em crescimento do salário de entrada. Isso mostra que o setor, além de empregar muito, está pagando bem em relação aos demais segmentos”, complementou o presidente da CBIC.

Foram anotados também resultados positivos no mercado imobiliário. Segundo a CBIC, de janeiro a setembro, as vendas de apartamentos novos aumentaram 20%, totalizando 292.557 unidades comercializadas. Já os lançamentos cresceram 17,3%.

O financiamento imobiliário também avançou com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) tendo financiado 516.207 unidades nos primeiros dez meses de 2024.

O resultado corresponde a uma alta de 28,1%. Foram movimentados R$ 107,3 bilhões – expansão de 37,8% na comparação com igual período de 2023.

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