O superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, afirmou que o setor de micro e pequenas empresas é responsável por 1\3 do Produto Interno Bruto, o PIB, do país, sendo que contabilizando, o segmento se notabiliza, conforme, ele, com a geração de 54% dos empregos formais.
A explanação dos dados foi relatada no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, (Fiec) durante o evento promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) intitulado “O BNDES Mais Perto de Você”, que visa fomentar a cadeia produtiva da conjuntura, com acesso ao crédito, linhas de financiamento, panorama explicativo para capital de giro e procedimentos para aquisição de máquinas e equipamentos.
“No Ceará, o ano passado, 88% dos empregos gerados do estado do Ceará foram das micro e pequenas empresas. Este ano, até julho os micros e pequenos empresários já estão gerando cerca de 72% dos empregos, portanto esse programa ele vem pra fortalecer essa economia que precisa de crédito, que precisa de apoio para se fortalecer ainda mais e se expandir”, relatou Cartaxo.
Para o superintendente, o gargalo para obtenção de crédito é a burocracia do sistema financeiro na dificuldade de aquisição. “Existe um crédito, mas quando o pequeno empresário vai ao banco para obter esse crédito, então ele enfrenta dificuldades, em função da burocracia, para isso o Sebrae criou um fundo garantidor para que o pequeno empresário faça a garantia para que ele possa tirar aquele empréstimo”, reforçou.
Dados do BNDES apontam que as aprovações de crédito da instituição bancária para micro, pequenas e médias empresas somaram este ano, R$ 209 milhões, aumento de 9,5% em comparação a 2023. De acordo com o gerente de relacionamento da presidência do BNDES, Arthur de Rezende, este tipo de iniciativa, o “BNDES Mais Perto de Você” irá percorrer todo o Nordeste, segundo ele, no sentido de entender as principais necessidades de cada região, e adicionar o atendimento dos agentes financeiros aos empreendedores locais e empresários de vários segmentos.
Na ocasião, o vice-presidente da Fiec, Carlos Prado, disse que a existência de bancos nativos há 40, 50 anos era muito importante para o Ceará, porque a monetização ficava alocada no estado, frisando que hoje o recurso se direciona paras as regiões sul e sudeste. Carlos enfatiza que este tipo de evento ocorrido hoje na Fiec agrega vislumbrar aos empresários a conexão com o banco estatal.
“Porque muitas vezes o BNDES está a uma distância tão grande e nem sempre o empresário toma conhecimento das facilidades que ele poderia obter no movimento de seus negócios, então está aí a grande importância que é a divulgação que o BNDES tem a oferecer e a forma de se chegar lá. Os pequenos empresários podem acessar os bancos que são os principais bancos nacionais que tem as filiais aqui no Ceará, e através desses bancos eles podem fazer as suas propostas de negócios, que será encaminhado o pedido de recurso para o próprio BNDES”, elucidou Carlos.
