
Se um escorpião da era moderna pequeno o suficiente para se esconder em um sapato ou peça de roupa já é assustador, imagine uma criatura que mede 2,7 metros de comprimento. Os chamados escorpiões marinhos eram criaturas artrópodes chamadas de eurypterídeos. Estudiosos acreditam que em seu tempo eles foram os grandes predadores nos oceanos. Fósseis do espécime foram descobertos na Austrália e lançam luz sobre esses seres pouco estudados pela ciência.
Os espécimes encontrados são de animais que viveram no período Siluriano, que iniciou-se há 444 milhões de anos. Os poucos dados existentes até então indicavam que a espécie foi extinta de forma abrupta há 393 milhões de anos. Ainda não se sabe que evento causou a extinção.
“Eles aparecem, começam a se dar muito bem, ficam muito grandes e então se extinguem”, disse James Lamsdell, um paleobiólogo da West Virginia University em entrevista ao jornal The New York Times. Além do tamanho, os escorpiões marinhos possuíam um exoesqueleto muito forte, pernas resistentes que ajudavam no nado e garras muito grandes. Essa configuração, muito provavelmente, foi o que possibilitou que eles dominassem os mares.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/U/J/TkKaYNTFeAdYIlresAyA/16tb-giant-scorpion-fossil-jumbo.webp)
O curioso é que a partir da extinção dos escorpiões marinhos, não apareceram novos registros de artrópodes gigantes. A maioria dos fósseis encontrados até o momento estavam localizados nos litorais do EUA e Europa. Recentemente, também foram achados fragmentos no mar da China e nas águas da Austrália.
Os últimos achados pareciam fazer parte de um exoesqueleto e também alguns fragmentos de cabeça, com relevo indicando a existência de ao menos um olho. A aparição de fósseis em partes tão diversas do mundo indicam que os escorpiões marinhos eram viajantes. Só não se sabe se os atrópodes fizeram algum movimento migratório ou se o deslocamento deles era sazonal.