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Com surto de varíola dos macacos, Ministério da Saúde recomenda a grávidas uso de máscaras e camisinhas

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Para evitar casos da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, e prevenir a transmissão da doença especialmente na gravidez, o Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (1º) nota técnica recomendando que grávidas, puérperas e lactantes usem máscaras.

A nota também traz a recomendação para que as gestantes utilizem preservativos em todas as relações sexuais e evitar o contato com pessoas infectadas.

De acordo com o texto, as gestantes são consideradas um grupo de risco para a evolução desfavorável da infecção. Por isso, a nota avalia que realizar o diagnóstico dessas pacientes deve ser uma prioridade dos laboratórios.

“As gestantes apresentam quadro clínico com características semelhantes às não gestantes, mas podem apresentar gravidade maior, sendo consideradas grupo de risco para evolução desfavorável”, diz o documento.

Para profissionais da saúde que estejam envolvidos no atendimento de gestantes, deve considerar entre as recomendações:

Em gestante assintomática pós-exposição ao vírus:

• Em caso de teste negativo – O monitoramento será suspenso;

• Em caso de teste positivo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas;

• A gestante também será instruída à automonitoração, acompanhando sua temperatura e o aparecimento/evolução das lesões cutâneas.

Para gestantes com sinais ou sintomas suspeitos de varíola dos macacos:

• Em caso de teste negativo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e orientada a automonitoração. O teste deve ser feito novamente caso os sintomas persistam;

• Em caso de teste positivo – Levando em consideração maior risco, é indicada a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos;

• Dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem saber que: as gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial, em caso de doença com quadro clínico leve;

• As pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação hospitalar;

• Não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;

• O monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada, grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto nestes casos;

• A via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada nestes casos; o aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico cada caso específico.

 

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