
Dormir mal é uma queixa cada vez mais comum, 65% dos brasileiros enfrentam essa condição, estima a Associação Brasileira do Sono (ABS). São pessoas que podem ter processos biológicos primordiais comprometidos, como o reparo de tecidos e a síntese de proteínas.
Uma pesquisa que será apresentada na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology, no começo de março, traz um novo ponto de alerta: pessoas com hábitos de sono ruins são propensas a morrer mais cedo.
A situação contrária, por outro lado, pode aumentar o tempo de vida em quase cinco anos. Além disso, os dados demonstram que cerca de 8% dos óbitos por qualquer causa podem ser atribuídos a essa condição.
Os pesquisadores avaliaram cinco indicadores de qualidade de sono: duração ideal do sono de sete a oito horas por noite, dificuldade em adormecer no máximo duas vezes por semana, dificuldade em manter o sono não mais do que duas vezes por semana, não fazer uso de medicamento para dormir e sentir-se bem descansado após acordar em pelo menos cinco dias por semana. A cada fator foi atribuído um ponto ou zero, e a pontuação máxima, de cinco, indicou a melhor qualidade de sono entre os respondentes.
Na avaliação do também coautor do estudo, os resultados sinalizam que “apenas dormir não é suficiente” para se ter uma boa saúde. “Você, realmente, precisa ter um sono reparador e não ter muitos problemas para adormecer e permanecer dormindo”, afirma.
“Mesmo desde a tenra idade, se as pessoas puderem desenvolver bons hábitos, certificando-se de que estão dormindo sem muitas distrações e tendo uma boa qualidade geral do sono, isso pode beneficiar muito sua saúde a longo prazo.”